Estamos vivendo uma era essencialmente informacional, mas não necessariamente com significado.E uma reflexão séria e profunda sobre a questão do significado é fundamental para o processo transformacional do ser humano. Nossa complexidade psíquica é a nossa verdadeira realidade. E conhecê-la exige um mergulho profundo que só conseguimos fazer quando temos coragem e respeito pelo movimento.Antigamente, quando uma pessoa desejava se tornar iniciada nos conhecimentos ocultos, que nada mais era do que mergulhar nos mistérios da alma humana e da alma do mundo, ela só seria aceita por seus mestres se já tivesse atingido a condição de ousadia para transgredir o que quer que fosse necessário para o surgimento de algo novo. Atualmente estamos nos deixando distrair de significados mais profundos em nossas experiências para vivenciarmos um modus operandi ao mesmo tempo acelerado e raso.Isso tem trazido muitas consequências negativas para nossa sociedade e todos somos responsáveis em algum grau pelos resultados. Quando abordo a questão do significado, estou trazendo uma reflexão sob um olhar mais arquetípico, ou seja, significados que tenham o valor da Verdade, da verdade arquetípica que nunca deveríamos deixar de experienciar em nós. A verdade sem distorções presente em valores superiores e fundamentais como o amor, a justiça, o bem maior, o poder, os relacionamentos e afetos, etc. Como está sua ousadia para transgredir os velhos hábitos e modelos que não estão funcionando? Há muito medo em você ainda que te paralisa para o movimento de transformação? O que você está fazendo a respeito?

Estava refletindo outro dia sobre a questão do propósito de vida. Para mim é um tema sempre ativo. E hoje muito explorado e distorcido, na minha opinião, e sempre colocado a serviço da busca de sentido: Qual o sentido da vida? Qual o sentido do mosquito da dengue que está dominando? Qual o sentido do universo? Qual o sentido da bactéria? Etc, etc, etc. Ué, de repente o sentido é esse mesmo: simplesmente existir, porque a vida, a existência em si mesma já é uma resposta!A questão do propósito de vida para nós humanos é olharmos de frente para nossa experiência de existir.Nossa vida pessoal e coletiva é o que importa em si mesma.Precisamos parar de buscar encontrar o propósito. Esse é um movimento para fora, para longe de nós.Nós sempre estivemos com o nosso propósito. Ele é a própria jornada do existir. A questão do propósito é, na verdade, ter coragem de olhar de frente para a nossa vida, tomá-la e assumí-la, nos comprometendo a fazermos melhor e diferente para que possamos experimentar, individual e coletivamente, mais satisfação, justiça, generosidade, conforto, segurança, verdade, qualidades arquetípicas que sabemos que nos fazem melhor do que a experiência com os seus opostos. Viver, com todas as possibilidades que a vida carrega em si mesma, é o sentido maior e absoluto que sempre esteve ao nosso alcance! A linha de chegada da jornada não tem a menor importância. O importante é trilhar o caminho!Ouse transgredir tudo aquilo que te distrai do seu caminho, acolha sua jornada e comprometa-se com ela.

Mas, o resultado não demora a vir, porque é concomitante com o movimento que se faz na direção do seu propósito de vida, que é simplesmente assumir, cada vez mais consciente sua própria evolução e a evolução da humanidade! Essa transformação precisa acontecer ao mesmo tempo nos corpos com os quais nos manifestamos: físico, vital, mental, supramental e espiritual. Precisamos alimentá-los adequadamente. O físico necessita de movimento, boa alimentação, sono regular e profundo; O vital precisa de respiração profunda e concentrada para absorver prana do ambiente. Exercícios como meditação, yoga, tai chi, e outros cumprem essa função; O mental precisa ser desafiado com novos conhecimentos, de preferência que amplie a capacidade de crítica e lógica com significados mais valorosos, mas também precisa descansar. Então aqui também a meditação e a contemplação da natureza são de grande valia; O supramental é nosso corpo de intuição e através da experiência intuitiva, meditativa e contemplativa podemos acessar o mundo arquetípico, das ideias originais de tudo o que há. Isso eleva nosso nível de consciência e também coloca nossa mente num patamar mais harmonioso e honesto; E o espiritual é nossa conexão com o sutil, com o invisível aos olhos, com as inspirações que nos conectam com o Bem Maior. Para isso precisamos nos conectar com nossa criança interior e cuidar dela. Assim, quanto mais ela confiar em nós, mais conexão espiritual teremos! Faz sentido pra você?

Sempre que entramos numa crise existencial um chamado acontece. Nosso Daimon nos cutuca para que iniciemos uma jornada, onde nos aprofundaremos um pouco mais no conhecimento de nós mesmos(as). Nessa jornada encontraremos de tudo: mestres, inimigos, objetos e elixires mágicos e enfrentaremos obstáculos, monstros, batalhas, perderemos e teremos sucesso. E tudo isso são experiências essenciais para nossa transformação pessoal. Nós teremos que lidar com conflitos internos que são representados por essas dificuldades que aparecem em nosso caminho. Precisaremos superá-los para progredirmos emocional e psicologicamente. A autoaceitação e a superação de traumas são assuntos frequentes e fundamentais.Para nos tornarmos uma versão melhor, mais forte e resistente de nós mesmos(as), devemos confrontar o passado que se faz presente, aceitar suas deficiências e aprender a lidar com as feridas emocionais geradas. Somos heróis e heroínas em nossa própria história! Faz sentido pra você?

O “caminho do dever” é o contraponto do “caminho do coração” e vice-versa.Quando estamos no dever não estamos necessariamente escolhendo com o coração as experiências que vivemos.No caminho do dever experimentamos o “ter que”, independente da nossa vontade, condição e disponibilidade. É o caminho da dominação e da submissão nas relações, onde a empatia não tem lugar.Nos estressamos horrores nesse caminho. Nos tornamos amargas(os) e duros(as) para darmos conta de realizar o “ter que” exigido. Podemos ser honestos(as) com a tentativa de fazer o certo e o melhor, mas para darmos conta de tanta pressão temos a tendência de nos transformar em “tratores” que saem destruindo tudo para se realizar. Geralmente no fim da vida, quem só trilha esse caminho experimenta a melancolia e a sensação de ter vivido a vida em preto e branco.Já o caminho do coração acontece pela via do ser e ocupa-se da relação entre o eu e o outro com muito carinho e cuidado. Nele, o si mesmo e o outro ocupam o mesmo lugar. No caminho do coração o fazer e o ser acontecem por escolha e de forma equilibrada. Eu costumo dizer que nesse caminho nós somos fazendo e fazemos sendo. Já dizia Dom Juan Matus a Carlos Castaneda no livro A Erva do Diabo que “um caminho é apenas um caminho e não há afronta para si ou para os outros em abandoná-lo, se é isso que seu coração lhe diz. Observe cada caminho de perto e deliberadamente. Experimente quantas vezes achar necessário. Então pergunte-se sozinho uma pergunta: esse caminho tem um coração? Se isso acontecer o caminho é bom. Caso contrário é inútil”. O desafio dos novos tempos é trilharmos o caminho do coração, e isso implica num processo de transcendência da dualidade e suas polaridades para cada vez mais podermos experienciar a Unidade e a Integração! Há algo importante e misterioso além do certo e do errado, do bem e do mal, do feio e do bonito e tantas outras polaridades que precisamos acessar intuitivamente para expandirmos a consciência para a possibilidade da transformação! E você, topa trilhar esse caminho?!

Transformação é um processo. Árduo, desafiador e exigente. Mas muito libertador das dores e sofrimentos que nos levam a desejá-lo. Quando você se perceber numa crise existencial aceite o chamado que ela traz. Não tenha medo!Dê o passo na direção do aprofundamento de si mesmo(a). O nosso inconsciente está louco de vontade de nos mostrar muitas imagens fundamentais para nossa evolução. Mas precisamos nos abrir a elas.A partir dessas imagens iniciaremos uma jornada de descobertas extraordinárias que passarão a responder nossos questionamentos mais íntimos sobre tudo e todas(os). Como dizia a psicoterapeuta estadunidense Virginia Satir a nossa porta de mudança só pode ser aberta de dentro. Faz sentido pra você?

Um pouco do mestre para vocês refletirem sobre a importância da análise de sonhos com qualidade para o autoconhecimento profundo! “Esse conselho tem tal importância prática que fiz dele uma lei para lembrar a mim mesmo que jamais poderei entender suficientemente bem o sonho alheio a ponto de interpretá-lo de modo perfeito. Estabeleci essa regra com o objetivo de impedir o fluxo das minhas próprias associações e reações que, de outro modo, acabariam predominando sobre as perplexidades e hesitações dos meus pacientes. Assim como é de enorme importância terapêutica para um analista captar o mais exatamente possível a mensagem particular de um sonho (isto é, a contribuição feita pelo inconsciente ao consciente), também é-lhe essencial explorar o conteúdo do sonho com a mais criteriosa minúcia. Análise dos sonhos é menos uma técnica que se pode aprender e aplicar de acordo com as regras do que uma permuta dialética entre duas personalidades. Se tratarmos a análise como uma técnica mecânica, perde-se a personalidade psíquica da pessoa que sonha e o problema terapêutico fica reduzido a uma simples interrogação: qual das duas pessoas em jogo — o analista ou o sonhador — dominará a outra? Foi por esse motivo que desisti do tratamento hipnótico, desde que não queria impor aos outros a minha vontade. Desejava que o processo da cura nascesse da própria personalidade do paciente e não de sugestões minhas, que teriam um efeito apenas passageiro. Meu objetivo era proteger e preservar a dignidade e a liberdade do meu paciente para que ele vivesse a sua vida de acordo com os seus próprios desejos. Naquela experiência com Freud foi-me revelada, pela primeira vez, a noção de que, antes de construirmos teorias gerais a respeito do homem e sua psique, deveríamos aprender muito mais sobre o ser humano com quem vamos lidar. O indivíduo é a única realidade. Quanto mais nos afastamos dele para nos aproximarmos de ideias abstratas sobre o Homo Sapiens, mais probabilidades temos de erro.Nessa época de convulsões sociais e mudanças drásticas é importante sabermos mais a respeito do ser humano, pois muitas coisas dependem das suas qualidades mentais e morais. Para as observarmos na sua justa perspectiva precisamos, porém, entender tanto o passado do homem quanto o seu presente. Daí a importância essencial de compreendermos mitos e símbolos.” Livro: O Homem e seus símbolos – Carl G. Jung

A Constelação Sistêmica é, inicialmente, uma experiência fenomenológica.O verbo constelar aqui significa movimentar, reordenar, experimentar posicionamentos, experimentar novos significados para os temas da vida em geral. Constelar é quase um processo arqueológico, pois vamos “escavando” os significados das diversas experiências que vivenciamos, os conteúdos psíquicos que estão sendo trazidos à consciência e, também, a nossa história transgeracional para que façamos melhores escolhas dali para frente. Enquanto seres humanos experimentamos uma capacidade não local, ou seja, fora do espaço e do tempo, de perceber as informações que se encontram nos campos morfogenéticos nos quais estamos inseridos.E com isso podemos auxiliar no processo de tomada de consciência da pessoa que busca o trabalho. É claro que o(a) profissional precisa ser competente e habilidoso(a) para trabalhar com a subjetividade das pessoas que se movimentarão no processo. Por isso, além de seguir com seriedade uma base fenomenológica, ela ou ele precisam responder por um conhecimento muito profundo sobre psique humana. A fenomenologia experienciada no movimento sistêmico tem característica empática e intuitiva. Portanto é a mesma que experimentamos nos eventos grupais de quaisquer espécies. Quem nunca chegou bem a uma festa e depois de uns minutos começa a experimentar uma certa irritação, medo, mal estar físico por exemplo? E qual é, na grande maioria das vezes, o nosso primeiro pensamento? “Nossa, está muito carregado aqui; esse ambiente está pesado”.Intuitivamente percebemos “algo” que também sabemos não ser nosso e conseguimos falar a respeito. É sobre esse movimento intuitivo-empático que se tratam as Constelações Sistêmicas e é dessa forma que podemos utilizá-las para auxiliar no autoconhecimento profundo!

Somos eternos alunos do processo cósmico de evolução, não vamos parar, não vamos chegar ao fim da possibilidade de aprendizado.Sempre que você abre uma porta e a atravessa você experimenta, amplia seu conhecimento de si e do outro(a) e outras portas se abrem à sua frente para que você dê continuidade no processo de expansão da consciência. Fica aqui um convite para que você se abra às experiências que sejam guiadas pela espontaneidade característica da sua criança interior, a fim de que você experimente força verdadeira para ser e agir a partir do seu Self.

Tem dias na vida que são muito especiais!Um deles é quando você reencontra pessoas das quais você nunca se perdeu! E ela vêm participar do seu curso na @quantumacademybr, que fala de Arquétipos e Propósito de Vida, e como artista-pessoa brilhante, mergulha no exercício de meditação-constelação que você provoca na primeira aula, perguntando “qual a imagem que representa os nossos próximos encontros?” e através de um processo alquímico maravilhoso, coagula, manifesta um presente, a escultura INTERSER, para você e para o grupo, constelando a todas e todos no tema do coletivo, conhecido e desconhecido, e sua contraparte, o individual e singular! Obrigada querida Alice @alicegussoni (muito mais que a do país das maravilhas) por esse movimento sistêmico belíssimo para nossa nova egrégora! @alicegussoni.ceramicaFiquei muito emocionada e tocada por essa imagem de entrelaçamento, mostrando que estamos conectados (as), no visível e no invisível, dentro e fora de nós, no micro e no macro, intersendo o tempo todo, pois intersomos desde os primórdios e para todo sempre!! Logo coagularemos nossa primeira ideia, já ilustrada por você.Eu, você e o Universo juntas novamente numa nova jornada!!