No trabalho de constelação sistêmica aprimoramos o fenômeno com o olhar da visão técnica e vamos ajudando aquela pessoa a destrinchar um pouco mais sobre aquele tema. Certamente, ela vai ter insights poderosíssimos que eventualmente podem levá-la a grandes transformações no campo pessoal e coletivo.
Isso é algo muito sério e que precisa ficar muito claro: nenhuma constelação tem o poder de fazer com que as pessoas saiam dali curadas ou com respostas prontas e acabadas para tomadas de decisão. Até porque a cura muitas vezes é a própria doença. É paradoxal, eu sei, mas às vezes a própria cura é o exercício de reflexão e questionamentos que a doença mobiliza no indivíduo. E as tomadas de decisão necessitam um mergulho muito profundo para serem assertivas. E muitas vezes a caminhada é mais longa. Então, não é nesse lugar que estamos quando falamos da técnica da constelação.
A constelação mobiliza um fenômeno que podemos aproveitar para verificar essas informações inconscientes que não estão sendo vistas nem percebidas e que eventualmente vão servir para o autoconhecimento e transformação. Isso ocorre com qualquer tema. Usei a doença como exemplo para ficar um pouco mais concreto de perceber, mas todos os conflitos, complexos, emoções, ideias, crenças, traumas etc, podem ser submetidos ao fenômeno como forma de ampliação do entendimento e da tomada de consciência.
A percepção empática dos conteúdos inconscientes do outro é experimentada nos movimentos das constelações. É através dela que vamos auxiliando o cliente a ficar de frente com os não ditos e não vistos, dentro e fora da pessoa.
Temos a capacidade de empatia, uns mais, outros menos, por isso qualquer um pode entrar numa constelação e passar pela experiência fenomenológica. Mas o que vai diferenciar a qualidade da percepção, que é sempre subjetiva, é o preparo dos representantes e do constelad@r. De preferência que o constelad@r, fundamentalmente, tenha muito conhecimento sobre psique humana e suas tramas.
Faz sentido pra você?